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CP – Como foi a formação do PSD em Mogi das Cruzes?
Junji Abe – Foi uma formação vitoriosa, a exemplo do que ocorreu nos demais municípios do Alto Tietê e Vale do Paraíba, regiões onde cuido da evolução do PSD e que foram colocadas sob minha responsabilidade pelo presidente nacional do partido, o prefeito Gilberto Kassab. Sempre se falou que o sabor da vitória é maior quanto maiores são as dificuldades superadas. É uma verdade pura. Foram muitos obstáculos vencidos até a oficialização do nosso PSD que terá seu batismo eleitoral neste ano. Asseguro que o PSD se apresentará ao eleitorado, a partir das eleições municipais deste ano, com candidatos extremamente preparados e sintonizados com a linha de atuação da legenda.
CP – O PSD foi muito criticado nacionalmente por quem diz que o partido não tem uma ideologia. Qual o seu posicionamento em relação à presidente Dilma Rousseff?
Junji Abe – Nossa posição é de total independência. Não fazemos oposição sistemática nem batemos continência para o governo a qualquer momento. Não somos partido de reboque e muito menos partido de cabresto. Vamos apoiar o governo nas ações que entendemos positivas para a população e atacar ferozmente aquilo que contrariar interesses da coletividade. O PSD surge com o conceito de uma agremiação pautada pelo equilíbrio e busca de coalizão, longe de radicalismos, em prol de uma sociedade mais justa e igualitária
Na atual conjuntura político-partidária, em que virou comum a barganha de apoio ao governo por espaço nos órgãos da União, o PSD não pleiteia cargos nem nada do gênero. Ao contrário, nossa meta é romper esta cultura daninha que tantos males gera ao País, porque retira dos congressistas a missão de fiscalizar e transforma o Legislativo em puxadinho do Executivo.
O PSD não surgiu para ser apenas mais um militante na política, mas sim para trabalhar integralmente pelo bem do Brasil. Por isto almeja o poder. E não vem com uma receita pronta. Quer que o povo diga o que deve ser feito. Vamos buscar na sociedade os parâmetros que nortearão a doutrina partidária. Com esse objetivo, surgiu o recém-criado Espaço Democrático. Vamos resgatar a credibilidade da classe política a partir da mudança de postura, fazendo renascer na população a firme esperança de um País melhor.
Será com nossa postura diária, idônea e diferente de tudo que aí está, que mostraremos, gradativamente, a essência e a filosofia de atuação do PSD aos formadores de opinião, à Imprensa e à população. Todos que ingressaram no PSD, unanimemente, sabem dessas responsabilidades que são a razão da existência do nosso partido. Não temos a pretensão de conseguir o reconhecimento do PSD pela população, da noite para o dia. O processo é lento. Só o tempo mostrará o que significa o PSD e a que veio. As pessoas entenderão a ideologia do partido no dia a dia, por meio da atuação de seus integrantes no Legislativo e Executivo.
CP – Você poderia explicar a proposta do PSD por uma nova Constituição?
Junji Abe – O PSD propõe que, em 2014, além dos deputados federais e senadores, os eleitores votem em um terceiro parlamentar que, com dois anos de mandato, teria a incumbência de revisar a Constituição Federal. O grupo de constituintes não receberia salário e nem seria integrado por congressistas já eleitos. Impossível é conviver com remendos constitucionais e improvisações oportunistas, enquanto um pacto federativo superado impõe a municípios, Estados e à própria União limitações, constrangimentos e falta de recursos para dar aos brasileiros serviços dignos de saúde, educação, segurança, justiça e oportunidade igual para todos.
Na verdade, a revisão já chegará com enorme atraso. A primeira deveria ter sido executada cinco anos após a promulgação, ou seja, em 1993, haja vista que a atual Constituição, emendada e remendada como colcha de retalhos, foi promulgada em 1988. A própria elaboração da Carta Magna começou de modo errado. Não poderia ter sido produzida por parlamentares no exercício de mandato. O trabalho fica comprometido em razão de interesses dos próprios políticos, de suas amarras partidárias, de suas vinculações com determinados grupos sociais, enfim, não tem a isenção necessária para a grandiosa tarefa de nortear os rumos da Nação.
As reformas político-partidária, tributária, previdenciária e trabalhista, entre outras medidas essenciais para melhorar a qualidade de vida do povo brasileiro, só serão realidade com uma profunda reformulação constitucional, executada por brasileiros com elevado espírito público, despojados de ideologia partidária e fora de qualquer função pública.
CP – Você participará das eleições deste ano de que maneira?
As últimas pesquisas encomendadas pelo Bertaiolli mostram o franco favoritismo dele em relação aos outros pré-candidatos. Mas, como a campanha e a eleição estão distantes, conforme o andar da carruagem, entendo que figuras de prestígio e respeitabilidade, independentemente de serem ou não do nosso partido, serão convidadas para participar dos programas eleitorais em rádio e tevê.
Modéstia à parte, nossa participação na campanha de 2008, solicitando à população que votasse no Bertaiolli, foi decisiva. Isto se deve ao fato de que nossa administração registrava uma avaliação extremamente positiva por parte da opinião pública – 86 % de aprovação popular, conforme pesquisas da época. É claro que a qualidade do, então, candidato Bertaiolli foi fundamental.
Com minha experiência, posso antecipar que só participarei da campanha à reeleição do Bertaiolli, com presença nos programas de rádio e tevê, se a minha figura influir positivamente para reforçar a imagem do prefeito junto à população. Somos amigos leais. Por esta razão, sabemos, cada qual, das nossas responsabilidades, principalmente em relação ao povo de Mogi das Cruzes. Acima de tudo, não sou pessoa de desistir de desafios.
CP – Tem sido especulado na cidade que o seu filho Juliano seria pré-candidato a vereador, a informação procede?
Junji Abe – Procede. É pré-candidato sim.
CP – Como era sua relação com o ex-prefeito Waldemar Costa Filho? E com o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR), o Boy?
Junji Abe – Minha relação com o falecido ex-prefeito Waldemar Costa Filho sempre foi de total respeito e, como mogiano que sou, também de gratidão pelas fundamentais obras que ele concretizou, como a Mogi-Dutra e a Mogi Bertioga. Em que pesem as diferenças de estilo, tinha respeito e admiração por Waldemar. Eu e Valdemar Costa Neto, o Boy, temos uma relação cordial entre parlamentares.
CP – Você tem se dedicado às redes sociais. Qual a importância de estar próximo ao eleitor?
Junji Abe – A melhoria contínua dos canais de comunicação com a população é uma prática que persigo ao longo da minha trajetória na vida pública. Até porque um político tem de trabalhar em função das necessidades e anseios daqueles que ele já representa ou se propõe a representar. Seguindo este princípio, aproveito, sim, todas as facilidades de interação propiciadas pelas ferramentas da internet.
Além de ter o próprio site (www.junjiabe.com), participo das principais redes sociais na internet. Faço questão de interagir com as pessoas, responder suas dúvidas e acolher propostas. Asseguro que é uma troca extremamente proveitosa para minha atuação parlamentar e também para minha evolução como ser humano, considerando que temos de estar abertos ao aprendizado constante.
Basta dizer que a grande maioria dos projetos de Lei que apresentei na Câmara Federal resulta de sugestões da sociedade, recebidas por meio dos canais que mantenho na internet. Confesso que a tarefa de cultivar o relacionamento com os internautas consome tempo. Mas, considero o investimento muito produtivo. Com os avanços tecnológicos que possibilitam os contatos virtuais em qualquer lugar, admito ser um voraz usuário das ferramentas da internet para interação social. Mais do que prestar contas, vejo no permanente relacionamento com os internautas um instrumento para aperfeiçoar meus trabalhos como representante da população.
Seguem meus principais canais na internet:
http://www.junjiabe.com
http://www.twitter.com/junjiabe
http://www.junjiabe.blogspot.com
http://www.facebook.com/junjiabe1
http://www.youtube.com/user/junjiabe1
E-mail: contato@junjiabe.com
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Frases que merecem destaque:
“Sempre se falou que o sabor da vitória é maior quanto maiores são as dificuldades superadas. É uma verdade pura. Foram muitos obstáculos vencidos até a oficialização do nosso PSD que terá seu batismo eleitoral neste ano”.
“Não fazemos oposição sistemática nem batemos continência para o governo a qualquer momento. Não somos partido de reboque e muito menos partido de cabresto”.
“Na atual conjuntura político-partidária, em que virou comum a barganha de apoio ao governo por espaço nos órgãos da União, o PSD não pleiteia cargos nem nada do gênero. Ao contrário, nossa meta é romper esta cultura daninha que tantos males gera ao País, porque retira dos congressistas a missão de fiscalizar e transforma o Legislativo em puxadinho do Executivo”.
“Será com nossa postura diária, idônea e diferente de tudo que aí está, que mostraremos, gradativamente, a essência e a filosofia de atuação do PSD aos formadores de opinião, à Imprensa e à população”.
“As últimas pesquisas encomendadas pelo Bertaiolli mostram o franco favoritismo dele em relação aos outros pré-candidatos”.
“Modéstia à parte, nossa participação na campanha de 2008, solicitando à população que votasse no Bertaiolli, foi decisiva”.
“Em que pesem as diferenças de estilo, tinha respeito e admiração por Waldemar Costa Filho”.
“Eu e Valdemar Costa Neto, o Boy, temos uma relação cordial entre parlamentares”.
“Confesso que a tarefa de cultivar o relacionamento com os internautas consome tempo. Mas, considero o investimento muito produtivo”.