Valdicir Stuani e Paulo Tokuzumi protagonizam mais uma batalha entre PT e PSDB.

Valdicir Stuani e Paulo Tokuzumi protagonizam mais uma batalha entre PT e PSDB

Chegou a hora da decisão. Amanhã os suzanenses escolherão o prefeito que comandará a cidade a partir de 2013. Paulo Tokuzumi (PSDB) e Valdicir Stuani (PT) devem disputar voto a voto a cadeira hoje ocupada por Marcelo Candido (PT). Em uma campanha turbulenta de ambos os lados, os candidatos venceram barreiras dentro dos próprios partidos, ataques de ex-aliados e materiais apócrifos difamatórios, para chegar neste dia 7 como os favoritos para a disputa. Tokuzumi aparece com ligeira vantagem nas pesquisas internas,( vendo até a Folha de S. Paulo antecipar sua vitória), mas nada está definido. Ainda mais quando do outro lado está a forte militância petista e o apoio da atual administração.

Como tradicionalmente ocorre em Suzano, o processo eleitoral ficou longe de ser tranquilo. Ataques gratuitos, fogo amigo, medidas judiciais, acusações de parte a parte deram o tom da campanha. No meio de tantas acusações  o ponto positivo fica por conta da campanha de Rafa Garcia (PSD), que procurou fazer a campanha apenas levando suas propostas, sem entrar em atrito ou na onda de acusações que tomaram conta da disputa. Impossível saber se a postura seria a mesma se a posição nas pesquisas fosse outra, mas ainda assim vale ressaltar o “fair-play” do candidato e sua equipe.

O ex-prefeito Paulo Tokuzumi foi de longe o mais atacado. A começar por ex-dirigentes de seu partido, que tentaram prejudicar sua candidatura judicialmente e, não tendo sucesso nessa investida, decidindo apoiar seus rivais em ataques difamatórios contra sua campanha. Stuani também sofreu com materiais apócrifos e a divulgação de boatos sobre sua conduta nos tempos em que foi padre, algo totalmente condenável. Uma campanha deve ser baseada em propostas e na história de cada candidato. A postura pessoal, conduta na vida particular e na vida pública irão mostrar seu caráter e se o postulante ao cargo está apto ou não a exercê-lo.

O eleitor precisa tomar cuidado com a onda de boatos, frequente nas campanhas suzanenses, e observar ao interesse de quem determinadas acusações irão servir.  O Cenário Político sempre defendeu uma campanha limpa e é contra qualquer tipo de ataque anônimo, que não dá a mínima chance de defesa ao acusado. Se existem acusações a serem feitas que as façam de acordo com a lei e não com atitudes e armações covardes que só confundem o eleitor e atrapalham a lisura do processo eleitoral.

Independentemente do resultado, o povo suzanense espera por mudanças a partir do dia 1º de janeiro de 2013. Embora o prefeito Marcelo Candido tenha sido reeleito com certa tranquilidade em 2008, hoje sua administração é fortemente contestada em algumas regiões da cidade e em áreas específicas, como saúde, segurança e transporte. O próximo prefeito deverá contemplar os bairros esquecidos na atual administração e melhorar drasticamente os serviços públicos prestados à população.

Melhorias na malha viária, no serviço de transporte público, na segurança (onde é preciso frear a onda de violência, afinal crimes ocorrem na região central em plena luz do dia), e principalmente aperfeiçoar os serviços de saúde pública em nosso município, contratando mais médicos, acelerando o atendimento e diminuindo o número de mortes que ocorrem nos atendimentos públicos da cidade.

Que 7 de outubro seja um dia tranquilo para os suzanenses e os próximos 4 anos sejam melhores. O Cenário Político trará tudo sobre o dia da eleição e a apuração. Fiquem ligados.  Boa votação.

——

Pelos últimos três meses a enquete de intenção de votos esteve no menu ao lado. Faltando menos de 24 horas para a abertura das votações, o Cenário Político divulga seu resultado.

 Enquete não se trata de pesquisa eleitoral, descrita no art. 33 da Lei nº. 9.504/97, mas de mero levantamento de opiniões, sem controle de amostra, o qual não utiliza método científico para sua realização, dependendo, apenas, da participação espontânea do interessado.

Polarizando a disputa, Paulo Tokuzumi (PSDB) e Stuani (PT) apostam no apoio dos caciques de seus partidos para puxar votos. O apoio político e alinhamento com Governo Estadual e/ou Federal é de fundamental importância para que o próximo prefeito consiga atrair investimentos para a cidade.

Paulo Tokuzumi tem sido mais incisivo nesse estilo de campanha, trazendo à cidade lideranças importantes do PSDB, como o senador Aloysio Nunes e o governado Geraldo Alckmin. Tokuzumi publicou também em seu site uma mensagem de apoio do deputado federal Edson Aparecido. Além de mostrar força e prestígio político, Tokuzumi cala aqueles que o acusaram de dar um golpe no PSDB. Ou alguém já viu o ex-presidente do partido tucano em Suzano tendo esse apoio dos dirigentes tucanos?

Abaixo os vídeos de Geraldo Alckmin, Aloysio Nunes e Edson Aparecido.

Já Valdicir Stuani recebeu a visita do ex-prefeito de Guarulhos, Elói Pietá, e do deputado federal Vicentinho. Não foi possível trazer o ex-presidente Lula ou a presidente Dilma Rousseff, mas o apoio de dirigentes petistas aparece em vídeos gravados pelo partido. Stuani ainda participa de um vídeo do PT estadual. Abaixo os vídeos de Lula, Stuani e Suplicy.

Quem tem apoio mostra, e os candidatos têm utilizado bem as ferramentas para mostrar os seus.

Suzano: Força nos bairros deve definir o próximo prefeito

Publicado: 1 outubro 2012 por Isaias Augusto em Suzano

Com a aproximação do próximo domingo, a briga por votos se intensifica em Suzano. Disputando voto a voto, PT e PSDB traçam suas estratégias para convencer o eleitorado. Chama a atenção, no entanto, a divisão feita no município. A eleição é tratada quase como por distrital.

A estratégia fica explícita na campanha petista. Com o discurso de “cidade dividida” desde os tempos de oposição, o PT foca toda sua energia de campanha em conseguir ampla maioria dos votos nas regiões do Miguel Badra e do Rio Abaixo, levando em conta o grande número de eleitores dessas duas regiões nos dois extremos da cidade. Estratégia parecida foi praticada em 2008, quando Marcelo Candido concentrou sua força de campanha na periferia e derrotou o ex-prefeito Estevam Galvão, abrindo 10.689 votos de vantagem só com a votação dos bairros Jardim São José, Jardim Dona Benta, Miguel Badra, Jardim Leblon e do distrito de Palmeiras.

O poder de decisão desses bairros fica mais evidente se lembrarmos de que a diferença total foi de 11.336 votos em favor de Marcelo Candido. Os números mostram que as duas regiões têm grande poder de decisão na escolha do prefeito da cidade. Por outro lado a campanha petista praticamente esquece a região central, deixando livres para a oposição os votos do centro e seu entorno.

Em 2008 o PT perdeu no centro da cidade e em bairros como Vila Amorim, Jardim Imperador e Colorado, porém a diferença em favor do então candidato Estevam Galvão ficou perto dos 4 mil votos, longe da diferença conquistada pelo PT nos bairros. O cenário hoje é diferente, mas é importante observar a força de cada região para traçar as estratégias de campanha nessa reta final.

Não se sabe se o PT manterá sua força na periferia da cidade, uma vez que candidatos como Carminha Lorente (PCdoB) e Jorginho Abissamra (PSB) têm intensificado suas caminhadas nessas regiões e podem levar os votos que tradicionalmente vão para o PT. Por outro lado também não se sabe até que ponto a relação tumultuada entre candidatos da oposição poderá prejudicar a campanha tucana na região central.

A única certeza é a de que teremos uma eleição equilibrada, disputada voto a voto, e que vencerá quem souber equilibrar sua votação e agregar apoio em todas as regiões do município. E a esperança que fica é que o próximo prefeito não divida a cidade, não faça diferenciações e atenda as necessidades de todos os suzanenses, independente da região, afinal a cidade é uma só e uma “guerra de bairros”, mesmo que eleitoral, não é nada saudável para Suzano.

Marcelo Candido pede votos para Stuani nos bairros de Suzano. Qual será o teto?

Faltando uma semana para as eleições, o prefeito Marcelo Candido tem o grande desafio de reverter os resultados desfavoráveis apontados nas pesquisas de intenção de votos. Várias delas dão vantagem ao candidato Paulo Tokuzumi (PSDB), com o candidato petista Valdicir Stuani aparecendo atrás numa distância que varia entre 5 e 8 pontos percentuais. Acostumado a “viradas eleitorais”, o prefeito petista encontra-se em um contexto diferente. Ele precisa transferir seus votos para o candidato do partido, situação nova para quem tem sido a cara do PT nas eleições municipais desde 2000.

Em 2004, Candido aproveitou-se da “onda vermelha” das eleições de 2000 e 2002 para derrotar facilmente seu oponente, o empresário do lixo Zé Cardoso. Em 2008 aproveitou-se do relaxamento do ex-prefeito Estevam Galvão, e da presença do mesmo Zé Cardoso em sua chapa, para reverter o cenário a seu favor. Como todo bom candidato a reeleição, soube utilizar a máquina pública dentro daquilo que a lei permite para conseguir derrotar seu grande rival.

Agora o cenário é diferente. O PT não é mais novidade para a população e, embora seja um partido forte e estruturado, está longe do que representava no auge da primeira metade dos anos 2000. Erros cometidos na administração municipal criaram resistência de parte do eleitorado que, ou não gosta do PT, ou não gosta da figura do prefeito.

Os votos cativos do PT se mantêm naquela faixa de 20 a 25%. Resta saber se a parcela do eleitorado que vota na pessoa independente do partido, e que gosta de Candido, transferirá seus votos para o candidato indicado por ele ou migrará para outro concorrente. Pelo lado petista ainda é necessário aparar algumas arestas, resquícios do turbulento processo de prévias para a escolha do candidato petista, onde a candidata do prefeito, a secretária de Saúde, Célia Bortoletto, foi derrotada por Stuani. Além disso, Candido pode ver parte dos votos de esquerda do PT migrarem para a candidata Carminha Lorente (PCdoB) e Leonardo Ferreira (PSOL), sem falar no noticiário comentando amplamente o julgamento do escândalo do mensalão, que pode de uma forma ou de outra tirar votos do Partido dos Trabalhadores.

Não haverá também a figura do presidente da República para apoiá-lo. Se Lula era um homem de palanque, não se pode dizer o mesmo de Dilma, que, com perfil mais técnico, só participa da campanha em grandes centros e mesmo assim por pressão do partido. A saúde de Lula é outro entrave para o PT. O ex-presidente pouco tem participado da campanha, basicamente por meio de vídeos e mensagens para caminhões de som, dedicando-se quase integralmente à campanha de Fernando Haddad em São Paulo.

Marcelo enfrenta um novo e difícil desafio, resta saber se conseguirá superá-lo ou verá a prefeitura voltar para o grupo adversário, com o retorno de Paulo Tokuzumi ao comando da cidade.

O Ministério Público Eleitoral deu parecer contrário ao recurso do empresário do lixo Zé Cardoso. A decisão não é surpresa, já que Cardoso teve sua candidatura indeferida tanto na esfera municipal, quanto na estadual.

A Vice-Procuradora Geral Eleitoral Sandra Cureau utilizou como base de sua decisão o relatório do juiz do TRE-SP, que considerou ilegítima a convenção realizada por Zé Cardoso e sua esposa, Ana Julia Cardoso.

Zé Cardoso na Amazonia

A filha do empresário, Juliana Cardoso, postou uma foto de Zé Cardoso na sua página pessoal dizendo que “enquanto as pessoas se preocupam em quem meu pai vota, ele está pescando na Amazônia”. No entanto, durante a semana foi apreendida uma caminhonete registrada em nome da Pajoan com documentos vencidos recolhendo cavaletes do candidato petista Valdicir Stuani. Fosse o caso, Zé Cardoso poderia estar no Alasca e ainda assim comandar seu subordinados.